O temido por todos acontece, a
TAP privatiza a maioria do seu capital. David Neeleman e Humberto Pedrosa
ganham assim a corrida de uma das melhores companhias da Europa e das mais
seguras do mundo. Uma companhia de excelência, que aproxima as comunidades portuguesas
espalhadas pelo mundo sai assim do domínio do Estado e daqueles que a defendem
com patriotismo.
Mas vamos aos números. 61% da TAP
é então privatizada, o comprador investe 350 milhões de euros na companhia,
sendo 10 milhões ganhos para o Estado português. 77 Aviões compõem a empresa,
13000 trabalhadores, 11 milhões de passageiros no último ano. Uma divida de
mais de mil milhões de euros. Esta é a TAP. E o Estado português só recebe 10 milhões
por este negócio? Se virmos bem é 1 euro por cada habitante! É isto que vale a
TAP? Claro que não!
A TAP que tem vindo com uma trajetória
ascendente no que toca a passageiros, a rotas estratégicas, é vendida pelo que
por vezes chamamos bagatela! A nossa companhia é vendida assim e a ministra das
finanças diz que “a venda da TAP nunca teve o propósito de um encaixe publico”.
Se não teve esse propósito foi qual? Foi despachar este “buraco financeiro”? Pois
bem…. Se o problema era o buraco da TAP, porque verdade seja dita, esse é o
problema da companhia, primeiro dever-se-ia ter pedido autorização à Comissão Europeia
para investir capital público na companhia, não tínhamos nós os cofres cheios? Porque
não investir na nossa companhia de bandeira? Só depois de esgotada esta solução
se poderia pensar noutra. E não poderia ser ela capitalizar em bolsa? Mas a política
de privatizações do governo falou mais alto…
Mas se a única solução fosse mesmo
esta, privatizar, não seria mais vantajoso o Estado ficar como sócio
maioritário? Claro que sim, o Estado defenderia sempre o interesse público,
agora e sempre. Todos conhecemos a gestão de privados em relação a empresas
anteriormente públicas: um desastre!
A TAP merecia mais, o país
merecia mais do que este governo despesista que vende tudo a preço de retalho
por pura ideologia politica. A TAP é de Portugal, a companhia não é de
privados, será para sempre a nossa companhia, será sempre aquela que queremos
ver voar nos nossos céus. Esperemos pela decisão de Bruxelas, ou então pela possível
resolução que o Partido Socialista pretende encetar quando for eleito governo
da República. A TAP é nossa, e era assim que deveria continuar!
Mas lá ver se quando António Costa formar governo(Se o fizer), se irá voltar atrás ou continuará com o processo de privatização da TAP.
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