terça-feira, 30 de junho de 2015

União, precisa-se...

A situação grega agravou-se. O problema é enorme, um problema económico, financeiro e um grande problema político. A Grécia hoje teria de pagar ao FMI, falhou esse pagamento. Os Bancos estão encerrados, a bolsa de Atenas no mesmo seguimento, levantamentos monetários só 60 euros por dia. A situação é complexa, e parece que ainda não há luz ao fundo do túnel.
A Grécia encontra-se numa situação insustentável, de um enorme incumprimento financeiro, para o resolver necessita da ajuda da Europa e dos credores. O problema é muito claro: tanto a Europa como a Grécia mostram-se de alguma forma intransigente. A Europa quer demonstrar que o único caminho possível é o da austeridade, a Grécia quer mostrar que há alternativa a esse caminho, mas a Europa não permite que o governo helénico o mostre.
O problema é económico e financeiro, mas é na sua base um problema ideológico. A zona euro está a transformar a economia numa asfixiante ditadura de capital, em que a austeridade é o único caminho, sem se importar para quem é feita a economia, para as pessoas. Tem-se seguido uma política de cortes, de contenção, como se os problemas se resolvessem todos desta forma. Quem lucrou com esta política foram as grandes economias da Europa, as restantes foram prejudicadas, e o caminho não é este.
O governo grego apresentou-se como uma alternativa ao seu povo, dizendo que daria um murro na mesa da Europa para tentar mudar o rumo das coisas. O problema é que a forma como o Euro foi construído é que foi errada, e para alterar temos todos de estar de acordo, coisa que as grandes economias não estão dispostas pois os interesses particulares falam mais alto. Esquecem-se é que se o interesse da zona euro estiver satisfeito, os seus interesses nacionais também estarão. Se o Euro fracassar todos seremos atingidos, não há a dita preparação que o nosso senhor primeiro-ministro diz.
A questão é que o governo grego não tem a mesma ideologia política em relação aos outros governos, como tal é preciso demonstrar que são maus, para que nos outros países continuem sempre os mesmos. A política domina esta crise, vejamos o referendo que o Primeiro-ministro grego apresentou. É sem dúvida um ato meramente politico, fechou a porta das negociações, que hoje parece que já estão novamente a restabelecer-se mas muito mal, e decidiu colocar nas mãos dos gregos a responsabilidade. Os gregos só querem uma solução, só querem a solidariedade da Europa, porque esse é o princípio básico desta União de países, e a economia e o interesse está a destruir esta Europa fraterna.
Esta política de austeridade, esta politica desmedida criada em grande parte pela Alemanha, está a matar a União Europeia, está a matar os povos europeus. É preciso dar o dito murro na mesa, e colocar as coisa em ordem, os países todos aos mesmo nível, porque somos todos iguais, voltar a estabelecer as negociações num espírito de solidariedade, romper com a politica que tem vindo a ser seguida, que só asfixia os pequenos países. E preciso mudar esta Europa na sua forma de pensar, e o caso grego é um sinal de que algo está a falhar, algo está mal, e cabe a todos os países mudar. Cabe a todos os países voltar a esta política de solidariedade e fraternidade.
As negociações têm de voltar ao centro da questão, têm de se sentar novamente à mesa, sem preconceitos, despir as ideologias e pensar verdadeiramente naqueles que sofrem hoje. A Europa, a continuar assim, a Grécia acabará por ter que sair do Euro, e não é só a saída de um país como nos diz Cavaco Silva, é o fracasso do Euro, é o contágio que terá nos outros países, incluindo Portugal. Precisa-se de encontrar uma solução rápida e que satisfaça as duas partes. A austeridade não é caminho, a força não é caminho, as negociações, a solidariedade e o encontro de pontos de consenso, são essas sim, o caminho! Aguardemos os desenvolvimentos, e principalmente que se devolva a União à Europeia!


segunda-feira, 29 de junho de 2015

Os jovens e a política

                Na sociedade portuguesa existe vários sentimentos em relação à política em geral, mas é nos jovens que se encontra uma grande falta de interesse, e de participação ativa nestas questões de ordem nacional. Os jovens afastam-se da política, afastam-se da informação que lhes permite serem cidadãos esclarecidos em relação a questões de tamanha importância.
                Mas porque será então, que os jovens se afastam deste tema que lhes guia uma grande parte da vida? Pois se analisarmos bem, a política decide grande parte das nossas vidas e encontra-se a cada esquina. Porque será então? Os jovens sentem uma falta de confiança na classe politica em geral, sentem que são sempre os mesmos, sempre as mesmas caras e as mesmas políticas. Os jovens estão fartos da mesma forma de fazer politica, querem uma lufada de ar fresco, querem novas personalidades, novas ideias.
                A classe mais jovem deste país, não assiste, por exemplo, aos debates na Assembleia da República, porque é sempre o mesmo, é sempre as mesmas pessoas. De 4 em 4 anos as listas são sempre as mesmas, os ditos históricos do partido, mas porque não a inclusão de jovens nas listas de deputados? Alguém que realmente represente a população mais jovem de Portugal nas instituições democráticas.
                Os jovens podem ser um forte contributo para a construção de um país melhor. Ideias novas, arrojadas, expansionistas e à frente no tempo, ideias capazes de fazer evoluir a sociedade. Podem ser uma nova forma de fazer debate, podem ser vistos como pontos fulcrais na construção de pontes de diálogo, pois não têm os preconceitos, têm sangue novo, uma alma nova pronta a fazer tudo em prol de Portugal.
                Seria vantajoso que em todos os círculos eleitorais, todos os partidos políticos e movimentos cívicos, integrassem nas suas listas pelo menos um jovem, pelo menos uma voz que conseguisse representar a vontade dos mais novos, que conseguisse romper com os interesses e jogos habituais. Alguém que realmente demonstre a capacidade dos jovens mais qualificados de Portugal, em fazer algo melhor e mais próspero. Todos queremos mudança, mas na hora da verdade, o interesse e a promiscuidade fala mais alto, o sair bem na fotografia é muito bonito, mas nem sempre o melhor.
                As juventudes partidárias estão cheias de pessoas realmente capazes e extraordinárias, para defender os interesses do país e dos mais jovens nas instituições de poder, porque não apostar neles? Porquê esta teima dos partidos políticos em ser sempre os mesmos candidatos, porquê? Sabem que nas juventudes partidárias existe pessoas excelentes para defender os interesses, se calhar melhor do que alguns “dos mesmos de sempre”, mas não, prefere-se apostar nos mesmos, ou então dá-se um ar novo, mas com a mesma forma de ser…
                Os jovens precisam de um sinal de que a política está a ser construída para eles, precisam de saber que alguém os representa democraticamente nas instituições, a fim de lhes proporcionar, e criar boas condições para os seus pares. Portugal precisa de uma mudança, precisa de gente nova, a política precisa de ser refrescada, precisa de despir preconceitos e criar verdadeiramente uma forma de se aproximar dos jovens, pena que nada seja feito nesse sentido, pelo contrário, parece ser feito o contrário!
               



sábado, 27 de junho de 2015

Caminho para a igualdade

                Os Estado Unidos da América legalizaram ontem o casamento entre pessoas do mesmo sexo em todos os Estados do país. Este ato era ainda proibido em 13 destes Estados, agora dá-se um passo importante para a construção da igualdade.
                Cada um é livre de tomar as suas decisões, o Estado não pode ser um impedimento à felicidade das pessoas, o Estado deve ser, isso sim, um importante mecanismo de felicidade dos seus cidadãos. Os EUA deram um grande passo, um passo importante para a construção da igualdade, visto que este é um imperativo que se vem a colocar nos últimos tempos. Portugal, como sabemos, aprovou já há alguns anos o casamento homossexual, foi também um grande passo para este país, que se costuma dizer conservador. Construímos um caminho de evolução, nos últimos anos, a legalização do aborto, o casamento homossexual, falta neste momento a legalização da adoção de crianças por casais do mesmo sexo.
                No mesmo dia que os EUA aprovavam esta legislação, Portugal constituía o dia 17 de maio o dia contra a homofobia. Porque é importante que estes cidadãos tenham direito igual perante os restantes, mas também têm o direito a serem respeitados e a nunca serem excluídos da sociedade, porque somos todos seres humanos independentemente das nossas escolhas.

                O mundo evolui no caminho para a igualdade, o mundo evoluiu a cada dia que passa. Há pouco tempo foi a Irlanda, agora os EUA, aos poucos a mentalidade e a legislação muda, porque o mundo é uma constante mudança. Como diria uma música bastante conhecida “mudam-se os tempos, mudam-se a vontades”… Que a igualdade vença sempre! 

sexta-feira, 26 de junho de 2015

O Impasse

Uma situação delicada, a Grécia. As últimas informações que nos chegam é de existe um enorme impasse entre o país em causa e as restantes instituições e credores. Uma situação que agrava as relações europeias, e expõem fragilidades que possam existir na zona euro.
Mas vamos aos factos. A Grécia está numa situação de quase incumprimento, se não está mesmo… Existe claramente um certo descontentamento por parte dos credores e instituições europeias por questões de politica interna do país, de um lado temos alguém que quer fazer diferente (melhor ou pior), e do outro alguém que quer seguir a mesma politica (também ela, não sei se melhor ou pior). O que é certo, é que estamos numa situação em que a zona euro está sobre grande “stress” para tentar resolver o problema, mas parece-me que todos querem impor as suas medidas sem cedências de ambas as partes…
Vejamos, o governo Grego apresentou aos credores e ao Euro grupo um conjunto de medidas, que na sua base são medidas de austeridade, estas tinham de perfazer um valor que os credores exigiam que fosse cumprido, como não chega na sua totalidade, rejeitam… O Euro grupo apresenta medidas, também elas de austeridade, o governo Grego acha demais, pois bem, também não aceita. Mas não poderá haver aqui cedências de ambas as partes? Não se poderá construir pontes de consenso e tentar resolver esta situação perigosíssima para o povo grego?
Isto tudo faz levar-me a construir esta ideia, estes impasses, recuos e avanços têm todo um propósito: politico. Todos sabemos que a Europa não vê com bons olhos um partido de extrema-esquerda no poder, e todos sabemos que esse partido não vê com bons olhos as políticas ultimamente aplicadas. O problema aqui prende-se pelo seguinte: o governo grego quer demonstrar ao Europa que é possível fazer diferente, acabar com esta austeridade, e mostrar assim que há outro caminho, há alternativa (que verdade seja dita: há). Por outro lado os parceiros europeus querem mostrar que este é o caminho para resolver os problemas, e é assim que se deve manter, querem demonstrar aos povos europeus que o caminho da direita é o certo, através da queda da Grécia, permitindo assim as suas reeleições.
O problema aqui é político, o problema é as diferenças políticas muito grandes que existem, que cavam um fosso entre este país e a restante zona euro. Sim existe alternativa, sim não se pode mudar de um dia para noite, mas isto é que não pode acontecer, porque corre o risco de contagiar economicamente outros países, e levar a Grécia a uma situação insustentável a todos os níveis. Como se costuma dizer, e aplica-se de alguma forma neste contexto, “em casa que não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”.
É preciso deixar as divergências de lado, sentar e conversar, chegar a pontos de consenso, mas aqui ambos têm de ceder, tanto o governo grego, como os credores. Porque o que está em causa é o futuro da Grécia e mais propriamente o futuro dos cidadãos gregos. Espero que se chegue a acordo, e tenho esperança que sim, porque a Europa sempre foi um continente solidário. Aguardemos.


sábado, 20 de junho de 2015

A alternativa às mentiras

Todos nós ouvimos coisas que achamos impensáveis ouvir, mas elas acabam mesmo por ser ditas… O Primeiro Ministro, ontem no Parlamento, disse-nos que “as pessoas de baixos rendimentos não tinham sofrido com os cortes”. Bom sejamos claros, evidentemente é uma mentira descarada. Todos nós conhecemos os cortes feitos às famílias que mais necessitavam, numa altura de enorme agonia e desespero, todos nós sabemos o que este governo fez: uma política de austeridade, uma política de cortes cegos.
Os cortes realizados no RSI (rendimentos social de inserção), quantas famílias ficaram sem este rendimento que por vezes lhes dava para comprar mais alguma comida para as suas casas. O corte no complemento solidário para idosos, quantos idosos também ficaram sem este complemento que lhes dava um bocadinho mais de estabilidade, quantos? Para já não falar dos cortes realizados nos subsídios de desemprego. O governo empurrou as pessoas para o desemprego e tirou-lhes a dignidade cortando aquilo a que tinham direito, e depois vêm dizer que as pessoas de baixos rendimentos não foram afetadas pelos cortes… Quem pode acreditar nisto? Só aqueles que acreditam em mitos urbanos…
Mas não ficamos por aqui, o chefe deste executivo teve o descaramento de dizer perante os deputados da República, que não tinha aumentado o IVA, tinha feito “uma recomposição de produtos”… Que pouca vergonha! Mentira atras de mentira, e se falarmos então daquelas famosas promessas antes de ser eleito Primeiro Ministro, então aí as coisas tornam-se de tal forma ridículas, que nem dá para acreditar.
Portugal está farto desta política, está farto da direita dos cortes, do Passos das mentiras, do Portas irrevogável! Portugal quer uma nova liderança, Portugal precisa de António Costa. Dos programas eleitorais que têm sido apresentados o do Partido Socialista parece-me ser efetivamente aquele que mais se adequa às necessidades, aquele que olha às pessoas, que olha aos portugueses.

Portugal quer mudar, precisamos de sair deste neoliberalismo que nos afunda a cada dia que passa, precisamos de uma alternativa de confiança, e essa alternativa, como ontem tive também oportunidade de confirmar na convenção distrital de Évora do PS, é o Partido Socialista! Outubro está próximo, o voto no PS está à porta! 

terça-feira, 16 de junho de 2015

Interesse comum ou pessoal?

Os cargos públicos, sejam eles quais forem têm um propósito: servir a população, servir o interesse público. Os cargos de chefia são importantes, ainda mais naqueles em que se trabalha com o setor publico, sejam eles no governo central, sejam em qualquer administração regional, sejam eles nas escolas, centros de saúde ou partidos políticos. Mas leva-me a fazer uma pequena questão: será que as pessoas ocupam esses cargos somente pelo serviço aos outros?
A resposta é deveras complexa, pois certamente muitos trabalham para o bem da população e pelo interesse comum, mas outros, infelizmente, trabalham para o interesse próprio. É uma questão de elevada complexidade, pois esses cidadãos que trabalham em proveito próprio, farão o trabalho a que se propuseram com a responsabilidade e empenho que deviam ter? Talvez até façam, mas depois vemos que só o fazem para mais uma vez promover a sua imagem.
Não há nada pior numa sociedade em geral do que cada um puxe para o seu lado, sem olhar a fins para conseguir a sua boa imagem, a fim de se promover no meio em que se insere. Tomando por exemplo os partidos políticos, campo por excelência de lideranças e cargos, para que toda a “maquina partidária” funcione corretamente. O interesse que todos os militantes de base, assim como de todos os militantes que ocupam funções mais altas, deve ser sempre de levar os interesses do partido à frente, pois é esse o interesse comum de todos. Mas nem todos assim o fazem.
Muitos, efetivamente estão nos partidos políticos a fim de contribuir positivamente para o desenvolvimento do partido, e posteriormente do país. Mas outros estão a fim de satisfazer os seus interesses próprios, promovem uma imagem a fim de conseguirem aquilo que querem, promovem uma imagem através dos cargos que ocupam, promovem uma imagem para chegar mais alem, passando por cima de tudo e todos, inclusive do interesse comum do partido, e até do próprio cargo que ocupam que deveria de ser de serviço ao partido e, não serviço próprio.
É importante corrigir estes egos, e mais ainda instigar dentro dos partidos ou dentro de qualquer cargo publico, que deve haver uma conduta de respeito pelos outros e por aqueles que servem, a fim de receberem o respeito e a confiança das pessoas. É importante que estas pessoas dêem o exemplo para que a população assim o siga também, pois um líder é alguém que guia a população, não alguém que guia os seus interesses passando por cima de tudo.
Os cargos de chefia nos partidos, na administração pública, na administração central devem ser sempre um serviço público, devem ser sempre um serviço aos outros, deve ser sempre uma relação de respeito para com o outro e acima de tudo deve ser sempre a demonstração do interesse comum para que se elegeu aquela pessoa, que é liderar uma ideia comum, e não liderar o seu interesse ou motivações.


sábado, 13 de junho de 2015

TAP-Transportadora Aérea Privatizada

O temido por todos acontece, a TAP privatiza a maioria do seu capital. David Neeleman e Humberto Pedrosa ganham assim a corrida de uma das melhores companhias da Europa e das mais seguras do mundo. Uma companhia de excelência, que aproxima as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo sai assim do domínio do Estado e daqueles que a defendem com patriotismo.
Mas vamos aos números. 61% da TAP é então privatizada, o comprador investe 350 milhões de euros na companhia, sendo 10 milhões ganhos para o Estado português. 77 Aviões compõem a empresa, 13000 trabalhadores, 11 milhões de passageiros no último ano. Uma divida de mais de mil milhões de euros. Esta é a TAP. E o Estado português só recebe 10 milhões por este negócio? Se virmos bem é 1 euro por cada habitante! É isto que vale a TAP? Claro que não!
A TAP que tem vindo com uma trajetória ascendente no que toca a passageiros, a rotas estratégicas, é vendida pelo que por vezes chamamos bagatela! A nossa companhia é vendida assim e a ministra das finanças diz que “a venda da TAP nunca teve o propósito de um encaixe publico”. Se não teve esse propósito foi qual? Foi despachar este “buraco financeiro”? Pois bem…. Se o problema era o buraco da TAP, porque verdade seja dita, esse é o problema da companhia, primeiro dever-se-ia ter pedido autorização à Comissão Europeia para investir capital público na companhia, não tínhamos nós os cofres cheios? Porque não investir na nossa companhia de bandeira? Só depois de esgotada esta solução se poderia pensar noutra. E não poderia ser ela capitalizar em bolsa? Mas a política de privatizações do governo falou mais alto…
Mas se a única solução fosse mesmo esta, privatizar, não seria mais vantajoso o Estado ficar como sócio maioritário? Claro que sim, o Estado defenderia sempre o interesse público, agora e sempre. Todos conhecemos a gestão de privados em relação a empresas anteriormente públicas: um desastre!

A TAP merecia mais, o país merecia mais do que este governo despesista que vende tudo a preço de retalho por pura ideologia politica. A TAP é de Portugal, a companhia não é de privados, será para sempre a nossa companhia, será sempre aquela que queremos ver voar nos nossos céus. Esperemos pela decisão de Bruxelas, ou então pela possível resolução que o Partido Socialista pretende encetar quando for eleito governo da República. A TAP é nossa, e era assim que deveria continuar! 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

CEE sinónimo de desenvolvimento

30 Anos passaram, Portugal tornou-se país da Comunidade Económica Europeia (CEE) a 12 de junho de 1985 tendo sido assinado o tratado de adesão no Mosteiro dos Jerónimos. O país mostrava um enorme atraso em relação aos restantes países da Europa, dado o facto de Portugal constituir democracia só há 10 anos, ter passado períodos de convulsão nomeadamente no PREC, mas era preciso avançar, era preciso modernizar.
Foi então assim que Portugal recebeu fundos estruturais que levaram o país a outro patamar. Conseguimos equiparamo-nos aos outros países, conseguimos ter um saldo positivo nesse período e acima de tudo diminuímos realmente as desigualdades até aí vividas. O país transformou-se, tornou-se país europeu aberto ao mundo, tornou-se cosmopolita levando assim a uma troca de experiências e de conhecimentos humanos, científicos e cultural nunca antes visto até à data. Isto tudo devemos aqueles que tiveram do lado certo para que esta adesão fosse em frente mesmo contra algumas vozes. O Dr Mário Soares e o seu executivo tiveram um mérito que deve ser reconhecido por todos, pois fizeram com esta adesão, de Portugal um país melhor.
Este cantinho do mundo tornava-se assim um país a procura de oportunidades, de sucesso, é certo que nem tudo foi cor-de-rosa, mas os ganhos foram bastante superiores. Alguns levantam-se hoje contra aquilo que dizem ser a perda de soberania, mas na verdade os países da hoje União Europeia não perdem soberania, cada um é livre de decidir e legislar o que quiser. Esses possivelmente não querem isso sim, admitir que a adesão à CEE foi algo de positivo, contrario daquilo que apregoavam na rua.
Hoje passados 30 anos, já com a União Europeia, Portugal é um país evoluído é um país multi-cultural e facetado capaz de enfrentar melhor os problemas contando com a ajuda de mais 27 países. Por fim, não era nascido na altura, mas o que tenho a dizer é obrigado, obrigado aquele que acreditaram sempre que adesão de Portugal seria positiva, que foi, obrigado ao Dr Mário Soares, ao seu executivo, aos parlamentares que estavam de acordo e aos partidos que apoiaram, porque Portugal construiu-se, Portugal evoluiu!


quarta-feira, 10 de junho de 2015

O dia das glórias

Hoje o dia foi de celebração, foi o dia de relembrar as glórias deste cantinho do mundo. Hoje dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, devemos todos de estar orgulhosos da história de Portugal e de todos aqueles que a ajudaram a construir. Penso que hoje é um dia de celebração, por essa mesma razão não tecerei nenhum comentário do ponto de vista crítico e de opinião em relação à política, mas sim um assinalar deste dia.
Hoje é sem dúvida, um dia em que relembramos os feitos portugueses, desde a batalha de Ourique até ao Portugal democrático de hoje. Quase 900 anos de história formam este povo lusitano, esta ocidental praia de barões assinalados. Passamos por tanto, passamos cabos das tormentas, crises, desavenças, guerras e conflitos. Mas nunca desistimos, nunca nos curvamos mesmo sobre o domínio dos vizinhos, fomos sempre uns resistentes!
Portugal é hoje um país de história, um país de cultura e tradições. Penso que todos sentem orgulho em dizer: eu sou português. Apesar de tudo o que passamos hoje temos sempre de nos lembrar que demos sempre a volta por cima, não será desta que cairemos, juntos conseguimos mais e melhor. O povo português e a alma lusitana conseguem mover montanhas. Neste dia não poderia deixar de partilhar um poema de outro grande poeta português, Fernando Pessoa, inscrita na sua obra “A mensagem”. Orgulhemo-nos hoje e sempre de ser portugueses, orgulhemos-mos da nossa força, mesmo que que parece que não há mais alguma. Deixo o poema e que viva Portugal!
O INFANTE
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!

terça-feira, 9 de junho de 2015

O dito mito

Um mito pode ser explicado por palavras, mas pode ser igualmente exemplificado com situações reais. O Primeiro-ministro disse ontem, aquando da visita comemorativa dos 75 anos do Portugal dos pequenitos em Coimbra, que era “um mito urbano” ter incentivado os jovens portugueses a saírem do país… Pois bem, lá por estar no Portugal dos pequenitos não precisa de ser “criança” e brincar com todos nós. Todos sabemos bem que Pedro Passos Coelho e o seu executivo em geral, incentivaram por palavras os jovens a abandonar o sítio que os viu nascer. Isto é um ponto assente.
                Mas como disse no início, mais de que palavras, um mito pode ser demonstrado, tornando-se assim realidade. Todos conhecemos as políticas administradas por este governo, contra os jovens e o seu futuro. Foi cortes de subsídios, foi destruição de emprego, foi o incentivo aos estágios não remunerados, foi pura e simplesmente uma política de desinvestimento nos que habitualmente chamamos “a geração mais qualificada de Portugal”.
                Era um mito urbano o senhor primeiro-ministro ter incentivado os jovens a emigrar… Mas pergunto: com a atual conjetura do país e com as políticas implementadas por este desgoverno não terá sido na sua base um incentivo à emigração jovem? A resposta é claramente: sim, foi um enorme incentivo. O primeiro-ministro até poderia não o ter incentivado por palavras, que neste caso incentivou, mas as suas ações são elas próprias um incentivo.
                Portanto, coloca-se a questão: será assim um mito urbano? É evidente que não. Os jovens não conseguem construir futuro, não conseguem encontrar fontes de rendimento porque este governo lhes destruiu o emprego, estes jovens não conseguem construir família porque este governo destruiu todas as fontes de segurança que tinham. E querem ainda continuar a política seguida até aqui, e dizem-nos: agora é que é, isto agora vai correr bem… Os jovens emigram porque não conseguem viver aqui, não é pelo incentivo do primeiro-ministro nas suas palavras, mas pelo incentivo que ele deu pelas suas ações. Porque um mito constrói-se com palavras, mas pode ser facilmente identificável com ações!

                Por fim dizer que Passos estava no local certo a quando desta declaração, Portugal dos pequenitos em Coimbra, excelente lugar para se visitar, para as crianças se divertirem, mas senhor primeiro-ministro, não brinque com aqueles que conhecem o país real…

domingo, 7 de junho de 2015

Portugal a votos

O tiro de partida está dado, os principais partidos apresentaram os seus programas eleitorais, linhas programáticas ou então garantias… Começando pelos ditos partidos do arco da governação. A coligação PSD/CDS-PP apresentou o nome com que concorrerá às eleições legislativas “Portugal à frente”, o que me ocorre dizer é: Portugal à frente? Só mesmo da Grécia... Mas vamos ao que interessa, a coligação apresentou o seu dito programa, mas de programa pouco tem, apresenta-se um conjunto isso sim de garantias como se fosse uma loja de electrodomésticos.
 Apresenta-se como um caminho seguro em que os portugueses podem contar, apresenta-se como alternativa a uma oposição, que dizem eles é um voltar ao passado. É mesmo coisa de gente que não tem noção daquilo que diz… Como se podem apresentar aos portugueses como sendo um partido de confiança se há 4 anos o seu líder fez todas as promessas e mais algumas e não cumpriu uma que fosse, e o pior é que cumpriu o seu contrário para mal de todos nós! Falam-nos das suas boas obras durante esta legislatura, se as boas obras são empobrecer o país e os portugueses, não obrigado, se as boas obras são aumentar a divida, também não queremos, se as boas obras são vender o país a preço de retalho, muito obrigado mas os portugueses também não querem!
A direita está apresentada, quanto ao Partido Socialista aprovou ontem o seu programa de governo numa convenção nacional de grande abertura aos cidadãos, com algumas vozes dissonantes é certo, mas provou-se que não é um partido comunista que têm uma espécie de “ditadura interna”. Apresentou-se propostas concretas, a maioria diz que são um conto de fadas e um paço mágico, o que vejo são propostas que os portugueses querem, é devolver a dignidade ao povo português é devolver o respeito por aqueles que lutam por Portugal. É certo que nem tudo no programa é um “mar de rosas” mas no seu conjunto é uma boa linha.
À esquerda do PS, enfim nenhuma novidade…A mesma conversa de sempre, renegociar a divida esperando que nos continuem a emprestar capital, devolver os mundos e fundos aos portugueses dum dia para a noite, nacionalizar tudo e mais alguma coisa. Nada de novo e ainda por cima algo que nos empurraria para algum desespero. Não deixo de notar a marcha que o PCP organizou na avenida da Liberdade no mesmo dia da convenção do PS, quase que numa tentativa de roubar protagonismo ao outro, o desespero político vê-se em todo o lado. Afinal o PCP aprendeu alguma coisa com o PSD, pena que tenha sido só nestes termos.

Outubro está próximo, os portugueses têm de decidir, está muita coisa em jogo, está o nosso futuro, o futuro de Portugal. Os programas estão apresentados, o combate está na rua, os líderes percorrem o país, Portugal vai a votos!

sexta-feira, 5 de junho de 2015

O Inicio...

Olá Mundo. Hoje nasce o lápis da verdade, este blog criado por mim, João Borralho, tem como objectivo publicar comentários a nível politico. As publicações serão sobre questões de ordem nacional, da actualidade politica de Portugal, os meus comentários serão isentos de qualquer tipo de influência, serão exclusivamente aquilo que eu penso. Pretendo que a população pense sobre determinados assuntos, tentar dar-vos a verdade, tentar chegar ao sentimento do povo português relativamente à politica. Espero que o blog seja apreciado por todos, e que sigam as publicações. O lápis da verdade está aqui para comentar o que há a comentar. Um abraço democrático a todos. João Borralho