Começou a deriva extremista no governo de António Costa.
Soubemos esta semana que a Comissão Europeia tem dúvidas sobre as medidas
aplicadas pelo governo, e tem duvidas que Portugal cumpra os seus objectivos,
caso continue no mesmo caminho. Qual a resposta do governo? Não aceitamos!
Para o governo, liderado pelo PS, mas claramente pau mandado
do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português, diz então que não aceita
as recomendações da Comissão, denegrindo ainda mais a imagem de Portugal no
exterior. A Comissão alerta para a reversão de todas as reformas feitas no
passado, já diz o povo que quando muda de governo desfazem sempre o que o outro
fez, ora aí está a prova. O problema é que se desfaz por desfazer, e desfaz-se
para satisfazer os caprichos dos partidos da extrema-esquerda, porque mal vai o
PS no dia em que disser “não” aos seus Best Friends, como os apelidou Paulo
Portas.
A questão é que não é só a Comissão Europeia a fazer
recomendações, é o FMI, é as instituições nacionais que avaliam o desempenho de
Portugal, é a oposição, é os comentadores, os economistas, é Mario Draghi, em
suma, todos, menos a esquerda. É como a história popular de que os outros é que
vão em contra-mão eu é que vou no sentido correto. Portugal está a reverter a
passos largos tudo o que era cortes e reformas estruturais, pondo assim em
causa a garantia da estabilidade económica. Basta pensarmos nas nossas casas,
quando temos menos dinheiro, poupamos, e quando começamos a ter, voltamos a
comprar aos poucos e poucos, o Estado funciona mais ou menos da mesma forma.
Quando se devolve tudo de uma vez, abre-se um buraco, buraco esse que, se não
for compensado, criará défice, logo mais despeça e menos receita, mais divida,
se nos relembrarmos, é exactamente o que aconteceu em 2011.
E assim, Portugal recebe avisos constantes de que deve ter
atenção, que as coisas têm de ser feitas de forma gradual. Ignorados estes
avisos por parte de António Costa e da sua geringonça, eis que a Comissão diz
que são necessárias medidas adicionais ou então as metas a que Portugal se
propõem estão claramente em risco. António Costa diz que não, que não vai
alterar nada… Faz-nos lembrar Tsipras, na Grécia, quando ganhou as eleições,
virava a página de austeridade, não fazia cortes e devolvia tudo aos
contribuintes, no fim acabou por assinar um programa de ajuda externa
duríssimo, com cortes nas pensões, salários, e contenção de despesa enormes.
De que serve para nós não querermos ver o que está diante
dos olhos de todos? Neste caso serve para endividar o país e levar de novo
Portugal a uma situação insustentável. E quem paga depois? Os contribuintes….
António Costa e a geringonça agem como se fossem o Syriza da Grécia, dizendo
que não a Bruxelas, dizendo que querem tudo mudado, esquecendo um pormenor: não
têm dinheiro para isso… Que só por acaso é a coisa mais importante para fazer
as mudanças que eles querem.
Portugal com a geringonça e os geringonços, perde a passos
largos a credibilidade externa que criou com o esforço de todos os portugueses,
com o dinheiro que todos nós fomos obrigados a perder, este governo pura e
simplesmente deita os esforços de todos nós por água abaixo. E mais! Prejudica
a nossa credibilidade e ainda se coloca em posições que a Grécia adoptou no
passado e que levou ao seu desespero económico. Esta esquerda faz o mesmo
caminho que fazia o Syriza na Grécia para contentamento de Catarina Martins. É
uma Grécia que queremos para Portugal? Será que são todas as instituições que
estão em contra-mão e a ver as coisas do prisma errado? Ou será António Costa e
o governo que para se manter no poder aceitam todas as exigências de
extremistas, colocando em perigo Portugal, os portugueses e os seus
rendimentos? Atrevo-mo a dizer, que para mal de todos nós, é a segunda opção…
João Borralho
Criador do Lápis da verdade
Sem comentários:
Enviar um comentário