domingo, 17 de abril de 2016

Abril, geringonça a mil!

A gerigonça nos últimos dias não tem passado bons momentos. Primeiro as demissões de João Soares e do Secretário de Estado da Juventude e desporto, depois parece que houve socialistas incomodados com o tom de Catarina Martins nos debates, a contratação do amigo de Costa e por último, e a pior de todas, a Comissão Europeia viemos hoje a saber pela comunicação social, parece que já faz avisos de que são necessárias medidas adicionais.
Primeiro as demissões. João Soares como já nos habituou, tem uma postura de alguém descuidado, por vezes nem mede muito bem as coisas antes de as fazer, um impulsivo diria um conhecedor de psicologia. Primeiro a polémica do afastamento do diretor do CCB, em que João Soares adquire uma postura totalmente condenável em vir dizer a público “que se não sai por ele, demito-o eu”. Isto não calha nada bem a um Ministro de um governo. O pior ainda estava para vir, a oferecer “bofetadas” a quem o critica, um Ministro que não convive bem com as criticas, ou com a democracia. Ele pode criticar, mas criticarem a ele, isso está fora de questão! Uma pessoa que julgo que nunca esteve à altura de assumir tal pasta num governo. Depois foi o Secretário de Estado, demitiu-se porque o Ministro da Educação se intrometia nas suas contratações e em questões da sua jurisdição. Todos já sabemos que este é um Ministro da Educação mau, nada preparado, nada apto para o cargo até aqui talvez dos piores Ministros, limita-se a fazer gestão corrente… Outro Ministro que não convive bem com a democracia, visto que tem de por o dedo em toda a parte, e dá ordens como se dava no tempo da outra senhora, não sabe bem por onde vai, só sabe que por ali não é…
E o tom da parceira de coligação Catarina Martins no debate com o Primeiro-ministro, bem se aquilo é ser parceiro de coligação, nem quero saber o que é ser da oposição para ela. A deputada arrasou com António Costa no debate, todos sabemos que Catarina Martins e o Bloco de Esquerda só se aliaram ao PS para o derrubar, para fazer perder votos, capitalizando para si esses mesmos, portanto não sei qual é o espanto dos socialistas que se mostraram incomodados, com uma coisa que já todos sabíamos.
Quanto à contratação do amigo do Primeiro-ministro para consultor, julgo que há uma pergunta a fazer, o que seria se o senhor fosse contratado por Passos Coelho, o que a esquerda não diria, viria a público todos os dias criticar e pedir demissões. Mas como a contratação é de esquerda, ah, então é boa contratação… Esta é a lógica da esquerda: nós fazemos tudo bem, os outros fazem sempre tudo mal, nós somos os donos da democracia, dos direitos, das verdades, os outros, esses não sabem nada. Bem prega Frei Tomás, faz o que ele diz, não faças o que ele faz.
Por fim aquela noticia mais preocupante. A Comissão Europeia terá alertado na 3ª avaliação do pós-Troika que Portugal necessita de medidas adicionais para cumprir as suas metas. Todos sabíamos que isto iria acontecer, até o próprio governo o sabe, quem devolve tudo de uma vez fica com um buraco orçamental, e como é que se tapa esse buraco? Com impostos… O governo para se manter no poder deu mundos e fundo tomando uma atitude irresponsável, felizmente que os portugueses já percebem que depressa e bem, não há quem. Isto é ainda mais maquiavélico se pensarmos que o governo deu tudo, para criar esse buraco, para a Europa pedir austeridade, e para o governo vir dizer para as televisões a ladainha de que Bruxelas é que quer austeridade, que é intrometida em Portugal e que a culpa de aumentar impostos não é do governo…

Uma geringonça que começa a dar os primeiros sinais de que é mesmo uma geringonça, mas tal como Paulo Portas disse ao estilo de Luísa de Gusmão quando a esquerda derrubou o governo, também o volto a repetir, “mais vale ser Primeiro-ministro por uns tempos, do que líder da oposição para a toda a vida”. Frase que António Costa deve lembrar todos os dias ao acordar. 

João Borralho
Criador do Lápis da verdade


1 comentário:

  1. Foi realmente um semana negra para a gerigonça governamental, conforme podemos constatar , havendo ainda a acrescentar, a nulidade do acordo entre o BPI e Isabel dos Santos .Não há credibilidade , é tudo resolvido muito precariamente, numa rapidez que nos amedontra a todos nós ,claro , os contribuintes.

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