sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Assistimos ao fim do PREC

     De uma vez por todas está a pôr-se fim ao PREC. O Partido Socialista aproximou-se dos comunistas, dizendo que existe pontos de convergência a aprofundar, desde o pós revolução que se vivia um certo clima hostil entre estes partido, parece que agora é que é, a esquerda finalmente vai criar consensos para o melhor de Portugal.
     Depois de reunidos, os dois partidos disseram que existe grandes pontos em que se terá de aprofundar as convergências a virem a ser realizadas. Julgo que dos cenários que poderão vir a ser adotados, este parece, até agora, o que está a dar mais “frutos”, uma convergência de esquerda que vise dar ao país uma maioria estável. É certo que será bastante complicado, aliás como já o tinha referido, ainda falta a reunião com o Bloco de Esquerda e certamente muito acerto de agulhas até o processo estar concluído, isto a ser concluído.
     Hoje ficámos a saber, depois da reunião entre a coligação PSD/CDS-PP e o PS, que foi uma reunião “bastante inconclusiva”. As divergências entre o PS e a direita portuguesa parecem ser bastante grandes para um entendimento, este cenário é igualmente complicado, e já estamos a ver que o é. Contudo, na próxima terça-feira, reunirão de novo para tentar aprofundar as suas divergências e consensos.
     A situação está nas mãos do Partido Socialista, será o PS a decidir o que vai ser o futuro de Portugal. A meu ver, neste momento, a coligação entre esquerdas parece mais evidente, ainda que faltando a reunião com o Bloco de Esquerda, pelo menos com o PCP a questão está avançada, e parece haver o mínimo de consenso em viabilizar um governo de esquerda. Depois das reuniões ficamos com outra perspectiva do problema: parecia impossível, antes destas reuniões, uma coligação de esquerdas, e parecia mais evidente a viabilização da coligação como governo, mas com as condições do PS. Afinal, não é bem assim…
     A esquerda está a começar a unir-se, as convergências com o Partido Comunista são bastante importantes para formar uma alternativa a esta política, e dar a estabilidade ao país, tão necessária. O PREC está a enterrar-se, 40 anos depois, a esquerda quer unir-se, quer rejeitar o arco da governação, quer fazer o melhor pelo país pondo de lado aquilo que os separava há tanto tempo. Aguardemos serenamente o desenrolar destas negociações, e esperemos com serenidade a decisão dos partidos políticos.

      
     Viva Portugal! 

Debate entre Mário Soares e Álvaro Cunhal, em Novembro de 1975 

Sem comentários:

Enviar um comentário