quinta-feira, 9 de julho de 2015

O Estado da Nação

                Ontem na Assembleia da República realizou-se mais um debate sobre o Estado da Nação, pondo este fim a esta legislatura. Foi um debate muito aceso, com grandes provocações, onde se viu claramente as diferenças que demarcam cada partido. Mas vejamos o estado desta Nação.
                A Nação está hoje a passar por momentos dificílimos, porque a Nação são os portugueses, e esses não conseguem viver neste país. Portugal soubemos que tem a taxa de emigração mais alta da União Europeia, 5 milhões de portugueses espalhados pelo mundo, porquê? Porque Portugal não lhes consegue oferecer um futuro. Portugal nos últimos anos destruiu 320 000 postos de trabalho, com uma taxa de 13% de desemprego, ao qual não podemos deixar de pensar naqueles que já não estão inscritos nos centros de emprego e os estágios não remunerados.
                Os portugueses que vivem no limiar da pobreza são muitos, e aqueles que estão em risco de pobreza são ainda mais, há hoje 580 mil crianças em risco de pobreza, as desigualdades acentuaram-se no país. Não podemos deixar de pensar que o nível de vida das famílias regrediu para níveis 1990.
                Portugal tem hoje uma divida de 130% do PIB, em 4 anos este executivo conseguiu aumenta-la 30%, mas dizem-nos que é sustentável… O investimento caiu de 35,2 mil milhões de euros, para 24,6 mil milhões. Sem investimento não há emprego, sem emprego não há poder de compra, sem poder de compra temos uma economia estagnada.
                O país foi exposto a enormes cortes nos últimos 4 anos, cortes na educação, cortes na saúde, que deixam estes sectores à beira de um colapso, se não fossem os profissionais trabalharem, e tentarem encontrar condições, acredito que estes sistemas estavam bem pior. Cortes nos subsídios sociais, que deixam assim o país desigual, deixam idosos à beira do desespero que não têm dinheiro para medicamentos! Cortes nos subsídios de desemprego, que deixa os desempregados desesperados e milhares de famílias sem comida.
                O governo diz-nos que o país está melhor, mas é mentira, mais uma mentira de Pedro Passos Coelho, que aliás passa a vida a proferi-las. Portugal não está melhor, esta Nação não está bem, os portugueses estão desesperados com esta política de cortes cegos, os portugueses precisam de uma mudança. Essa mudança poderá vir em Outubro, poderá ser efetivamente realizada se em Outubro votar, para mudarmos o rumo desta Nação frágil.

                Recuperando o debate de ontem, um deputado do Partido Social Democrata (PSD) disse-nos que “precisamos de um bom governo”, para termos este bom governo é preciso eleger outro, é preciso deixarmos de ter um governo que nos mente todos os dias, é preciso eleger uma alternativa de confiança! Viva Portugal! 

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