quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Acreditar é possível por Rui Oliveira


      Vivemos tempos de incerteza: incerteza no futuro e incerteza no presente. Esta melancolia generalizada, é fruto de uma governação desastrosa, onde a ténue linha da esperança foi aniquilada politicamente por um governo, que durante quatro anos, matou os sonhos e destruiu as ambições de crescimento de um país.
       A refutada tese da TINA (There Is No Alternative), levada a cabo pelos protagonistas Passos Coelho e Paulo Portas, foi ganhando raízes, assentes em cabais mentiras que dificilmente serão desmontadas pela esquerda democrática. Durante quatro anos, os portugueses foram levados a acreditar que não havia outro caminho a seguir que não o da austeridade; que o programa da Troika era para cumprir até à ultima linha; que a tão famigerada bancarrota causada pelo Partido Socialista, era a causa atendível para todos os males tidos como necessários aplicar, para aplicar a receita ideológica de uma agenda escondida.
      A direita, pelas mãos e políticas dos "suspeitos do costume", encontrou nas suas falácias e falsas promessas, terreno fértil para propalar as medidas que foram além da Troika. Fizeram-nos crer, que o programa de assistência financeira, era para ser cumprido na íntegra (curioso como desde o memorando original o tratado financeiro assinado com a Troika tenha sido alterado sete vezes! Sete!) sem dar cavaco (curiosa expressão) aos portugueses.
      Este governo caiu em desgraça e embora não dando muita importância a sondagens, e já que elas existem, então destaco uma efetuada recentemente (08/07/2015) pela TVI, em que 73,3% dos portugueses consideram que a situação do País é má; 52,3% considera que a situação está muito pior do que há quatro anos; 55,4% responsabiliza o atual governo pelo agravamento das condições de vida. E podia continuar. Então, qual é a proposta do PS para uma alternativa de confiança? 
      Desde logo, recuperar a confiança do eleitorado, criando as condições necessárias para a geração de oportunidades de emprego, nomeadamente através do investimento no conhecimento e na inovação, no combate à precariedade, ter políticas ativas de emprego centradas na criação do emprego efetivo bem como de criar um contrato-geração que assegure a solidariedade entre as diferentes gerações.


      Mas não ficamos por aqui: queremos diversificar a oferta formativa e valorizar o ensino profissional no ensino secundário, retomar a educação de adultos e a formação ao longo da vida. Combater a precariedade, com a diferenciação das contribuições da entidade patronal para a segurança social em função da natureza do contrato: agravadas, se precária; reduzidas, se – e só se – definitiva. Do mesmo passo, limitar fortemente a possibilidade de contratação a prazo, valorizando o mútuo acordo na rescisão contratual de modo a limitar os riscos de litigância, sem limitar a proteção judicial contra despedimentos sem justa causa ou sob coação. A redução do IVA da restauração será ponto assente a ter em conta porque não é possível continuar com esta política errada de asfixiamento fiscal, que condena muitos portugueses ao drama do desemprego. 
      Perante isto e muito mais, torna-se urgente mudar a página governativa do país, e votar numa verdadeira alternativa de confiança, que devolva a confiança num futuro melhor. Essa alternativa é assumida frontalmente por nós e por isso afirmo: acreditar é possível. Basta querer e mobilizarmo-nos para isso.
Rui Oliveira 
Trabalhador do setor turístico no Porto. Militante do Partido Socialista ; Membro da Comissão política Concelhia do PS Porto; Membro do PSE. Escreve regularmente no blog : a voz da girafa.
Recentemente entrou para a JCI( Junior Chamber International) a maior organização mundial de líderes e empreendedores. É voluntário no GAS Porto. Antigo militante da Juventude Socialista.
Participa regularmente em conferências e programas de opinião pública como é o caso da SIC notícias
Membro da comissão de apoio distrital (Porto) da candidatura de Sampaio da Nóvoa

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