Vivemos tempos de
incerteza: incerteza no futuro e incerteza no presente. Esta melancolia generalizada, é fruto de uma governação desastrosa, onde a ténue linha da
esperança foi aniquilada politicamente por um governo, que durante quatro anos,
matou os sonhos e destruiu as ambições de crescimento de um país.
A refutada tese da
TINA (There Is No Alternative), levada a cabo pelos protagonistas Passos Coelho
e Paulo Portas, foi ganhando raízes, assentes em cabais mentiras que
dificilmente serão desmontadas pela esquerda democrática. Durante quatro anos,
os portugueses foram levados a acreditar que não havia outro caminho a seguir
que não o da austeridade; que o programa da Troika era para cumprir até à ultima linha; que a tão famigerada bancarrota causada pelo Partido Socialista,
era a causa atendível para todos os males tidos como necessários aplicar, para
aplicar a receita ideológica de uma agenda escondida.
A direita, pelas mãos e
políticas dos "suspeitos do costume", encontrou nas suas falácias e
falsas promessas, terreno fértil para propalar as medidas que foram além da Troika. Fizeram-nos crer, que o programa de assistência financeira, era para
ser cumprido na íntegra (curioso como desde o memorando original o tratado
financeiro assinado com a Troika tenha sido alterado sete vezes! Sete!) sem dar
cavaco (curiosa expressão) aos portugueses.
Este governo caiu em
desgraça e embora não dando muita importância a sondagens, e já que elas
existem, então destaco uma efetuada recentemente (08/07/2015) pela TVI, em que
73,3% dos portugueses consideram que a situação do País é má; 52,3% considera
que a situação está muito pior do que há quatro anos; 55,4% responsabiliza o
atual governo pelo agravamento das condições de vida. E podia continuar. Então,
qual é a proposta do PS para uma alternativa de confiança?
Desde logo,
recuperar a confiança do eleitorado, criando as condições necessárias para a
geração de oportunidades de emprego, nomeadamente através do investimento no
conhecimento e na inovação, no combate à precariedade, ter políticas ativas de
emprego centradas na criação do emprego efetivo bem como de criar um contrato-geração
que assegure a solidariedade entre as diferentes gerações.
Mas não ficamos por aqui: queremos
diversificar a oferta formativa e valorizar o ensino profissional no ensino
secundário, retomar a educação de adultos e a formação ao longo da vida.
Combater a precariedade, com a diferenciação das contribuições da entidade
patronal para a segurança social em função da natureza do contrato: agravadas,
se precária; reduzidas, se – e só se – definitiva. Do mesmo passo, limitar
fortemente a possibilidade de contratação a prazo, valorizando o mútuo acordo
na rescisão contratual de modo a limitar os riscos de litigância, sem limitar a
proteção judicial contra despedimentos sem justa causa ou sob coação. A redução
do IVA da restauração será ponto assente a ter em conta porque não é possível
continuar com esta política errada de asfixiamento fiscal, que condena muitos
portugueses ao drama do desemprego.
Perante isto e muito mais, torna-se
urgente mudar a página governativa do país, e votar numa verdadeira alternativa
de confiança, que devolva a confiança num futuro melhor. Essa alternativa é
assumida frontalmente por nós e por isso afirmo: acreditar é possível. Basta
querer e mobilizarmo-nos para isso.
Rui Oliveira
Trabalhador do setor turístico no Porto. Militante do Partido Socialista ; Membro da Comissão política Concelhia do PS Porto; Membro do PSE. Escreve regularmente no blog : a voz da girafa.
Recentemente entrou para a JCI( Junior Chamber International) a maior organização mundial de líderes e empreendedores. É voluntário no GAS Porto. Antigo militante da Juventude Socialista.
Participa regularmente em conferências e programas de opinião pública como é o caso da SIC notícias
Membro da comissão de apoio distrital (Porto) da candidatura de Sampaio da Nóvoa
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