E ao raiar do dia de 24 de Junho de 2016, dia que ficará na
história da Europa, heis que surge a noticia da saída do Reino Unido da União
Europeia. O povo votou, o povo decidiu. A decisão é legítima, deve ser
respeitada democraticamente como todas as votações. Pode-se discordar ou concordar
com os eleitores britânicos, mas é legítima.
Coma saída do Reino Unido, não faço previsões proféticas de
que a União vai terminar, que será o fim das relações europeias, não, considero
que não é por o Reino Unido tenha saído que tudo tenha de terminar. Corremos
evidentemente o risco de efeito dominó, hoje os britânicos, amanha estes, no
outro dia aqueles. Isto claro, se a Europa não atuar em conformidade, se não
mudar a sua forma de atuação.
A saída do Reino Unido espero que leve a que a Europa mude o
seu paradigma, não estou a falar de acabar com medidas de austeridade, ou mais benevolência
económica, porque não foi isso que levou os britânicos a votar a saída. Tem de
mudar o seu controlo excessivo sobre alguns aspetos, para os britânicos a União
Europeia era como que uma prisão, em que nada poderiam fazer sem pedir
autorização. O mesmo se passa no nosso país, mas julgo que não estamos em
posição de fazer exigências sobre o que for, assim sendo, a União tem de dar
mais liberdade aos países, bem como adquirir uma política comum, para que
realmente seja unida.
O resultado deste referendo é mais do que uma decisão, é uma
chamada de atenção para a Europa, é uma chamada de atenção para o mundo. O povo
britânico estava farto de se sentir súbdito de Bruxelas, os britânicos só são súbitos
Sua Majestade e nada mais. Não sou daqueles radicais de extrema-esquerda que
acreditam que estamos a perder a nossa independência, não, numa cooperação tem
de haver cedências de ambas as partes, mas também pode e deve haver mudanças ao
longo do tempo de modo a aperfeiçoar o projeto, neste caso Europeu.
O Reino Unido, espero que continue o seu caminho de prosperidade,
construído por muitos governos, neste último pelo governo conservador de David
Cameron. Podem não fazer parte da União, mas decerto contribuíram muito para
ela, e decerto não foi com leviandade que votaram algo tão grave quanto isto. A
decisão se foi correta ou não, só o tempo o poderá dizer, está tomada.
Não poderia deixar de referir neste artigo uma frase de
Margaret Thatcher, que talvez tenha sido o sentimento de muitos britânicos
quando votaram: "Put the great back into Great Britain!"
Por fim, God save de Queen, God save UK and all of Europe.
João Borralho
Criador do Lápis da verdade
Acredito, que chegou a hora da UE corrigir erros e fazer as alterações necessarias. Se os politicos pretenderem manter a paz, há que melhorar com sabedoria esta Europa,e, esta ,é a tão desejada oportunidade .
ResponderEliminar